Parque Minhocão
- majutavares
- 19 de jun. de 2019
- 2 min de leitura
Dia 13/06/19 a Justiça suspendeu em liminar projeto da Prefeitura para criar Parque do Minhocão em SP. MP ingressou com ação questionando constitucionalidade de lei que cria o parque, alegando falta de estudo sobre impactos urbanísticos na cidade.
A proposta de implantação do parque em um trecho do elevado, da Praça Roosevelt ao Largo do Arouche, defendida pela Prefeitura por 100 milhões de reais, é vista com bons olhos, a estrutura é feita de estrutura protendida, sendo mais dificil, e caro, de demolir.
Problema de locomoção:
A desativação da estrutura, inibirá o tráfego de automóveis no Minhocão, mas o trânsito irá se dispersar pelas ruas abaixo do elevado Costa e Silva. Dobra-se o espaço viário ao invés de buscar melhor utilização das ruas abaixo. Consequência: no melhor dos cenários, a Rua Amaral Gurgel ficará 25% mais lenta do que é hoje. A Prefeitura sugere que os semáforos das Avenidas Brasil e Paulista fiquem sincronizados para mitigar os efeitos do fechamento do Elevado, e a ligação da estrutura com a Rua da Consolação deverá ser fechada.
Ou seja, não haverá redução da poluição sonora e atmosférica oriunda dos carros, mas o parque em si trará diversos benefícios ao ambiente, como a redução do calor, renovação do ar e abafamento sonoro aos que passam pela região, gerando maior conforto aos moradores acima do elevado e maior desconforto aos que moram abaixo.
Outro ponto:
O Terminal Amaral Gurgel, que fica sob o Elevado, terá de sair pois a "troca de ônibus" desqualifica o centro. Desse modo, o terminal deverá dar espaço para outros usos - parte do terreno já tem destinação prevista para habitações populares.
Recuperar a região abaixo do Minhocão significa achar formas de requalificar essas ruas, que foram as mais degradadas.
OBS: Um projeto inspirado no High Line Park, elevado de Nova York, nos EUA, que se transformou em parque linear, está sendo analisado na Câmara.

(Imagem ilustrativa do projeto do Parque do Minhocão)
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