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Jardins de Mel em Curitiba

  • majutavares
  • 28 de jan. de 2020
  • 2 min de leitura

Responsáveis pela conservação dos ecossistemas, as abelhas são fundamentais para o meio ambiente. No entanto, a falta de conhecimento quanto à importância desses insetos é uma grande ameaça.

Alarmado com esse cenário, o agroecólogo Felipe Thiago de Jesus criou o projeto “Jardins de Mel”, com o objetivo de promover a reintrodução e conservação dos polinizadores nativos, bem como toda fauna e flora que dependem dos serviços de polinização para produção de frutos e sementes.

Lançado no primeiro dia da Primavera de 2017, o projeto já conta com 15 jardins de mel instalados pela capital paranaense. Lá, encontram-se as espécies manduri, mirim, mandaçaia, jataí e guaraipo, cinco das mais de 200 abelhas sem ferrão nativas do Brasil.

Jardins de Mel

O acesso às abelhas sem ferrão é prioridade no projeto de Felipe, por isso, parques, praças, escolas e hortas comunitárias de Curitiba recebem colmeias de cinco espécies diferentes.

“As colmeias ficam próximas de árvores e flores e cada uma tem o telhado pintado de acordo com a espécie que abriga. Também há um QRcode que leva a pessoa até um site com mais informações sobre o projeto”, conta o idealizador.


Além do livre acesso, os locais públicos devem ter suporte floral para cada espécie, garantir segurança e bem-estar aos jardins e às abelhas.

Treinamento

Além de conscientizar a população sobre a importância das espécies para o planeta, o projeto conta com treinamentos para que a comunidade saiba manter os jardins saudáveis.

“A melhor maneira de cuidar é plantando árvores próximas aos jardins de mel. Aprender as técnicas de meliponicultura – criação das abelhas sem ferrão -, também é fundamental para conservar as espécies”, explica o gestor.

Para isso, são oferecidos cursos mensais gratuitos, de quatro e de oito horas, para formar “Guardiões das Abelhas sem Ferrão”. Mais de sete mil pessoas já foram treinadas.

Abelhas no quintal

Para quem deseja manter um “jardim de mel” perto de casa, a dica é plantar flores e árvores nativas ou melíferas – que atraem abelhas -, e comprar uma colmeia de um meliponicultor. “Fazer um curso de manejo e produzir iscas também são passos importantes”, explica Felipe, que faz um alerta quanto às espécies do jardim: “Espécies vegetais como a árvore de neem ou a spatodea são altamente tóxicas para as abelhas e para os pássaros”, adverte.

Encontradas na natureza, as abelhas sem ferrão também podem habitar troncos de árvores em áreas urbanas, por isso, a dica é usar iscas para atrais as espécies.

“Convido todos de Curitiba a fazer o curso dos Guardiões das Abelhas sem ferrão. Basta entrar em contato com a Prefeitura ou o Museu de História Natural Capão da Imbuia”, completa.



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