
Centro de Proteção Ambiental de Balbina
Centro de proteção ambiental de Balbina/ Severiano Porto
Localização: distrito de Balbina, Amazonas
Ano do projeto: 1984
A arquitetura dita “amazônica” que o arquiteto desenvolveu foi resultante das dificuldades e peculiaridades encontradas, tanto de recursos quanto de mão-de-obra especializada. A inserção harmônica na paisagem circundante e a adequação ao clima são preocupações visíveis em suas obras. Em Balbina todos os espaços estão sob o mesmo teto, formado por uma única cobertura.
Os habitantes de Balbina estão ali primeiramente para darem conta do trabalho de pesquisa, controle e monitoramento dos impactos ambientais ocasionados pela hidrelétrica, nem por isso o arquiteto deixou de se preocupar com seus usuários. Ele compensa o isolamento dos pesquisadores, longe da família, com espaços agradáveis.
Em Balbina os espaços de circulação fotam concebidos a partir de uma visão peripatética, sendo preciso vivenciá-lo para compreender (experiência sensível).
O Centro de Proteção Ambiental de Balbina é hoje considerado pela crítica como uma construção em que o caráter regional atingiu um refinamento, sendo a madeira trabalhada de maneira singular, tanto no aspecto formal quanto estrutural.
O aistema construtivo adotado permitiu uma notável organicidade no desenho da cobertura, que ora se alarga e estreita, ora ascende e descende, conferindo um aspecto de leveza na sua forma final e de visível contraste com as formas ortogonais das edificações organizadas sob ela.
Em determinados pontos da cumeeira, Severiano dotou a cobertura de dispositivos de ventilação para facilitar a saída de ar quente.
Fonte: https://issuu.com/marinaribeiro7/docs/revista_br-contemporaneo2