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Incêndio na África é maior, mas menos prejudicial que na Amazônia

  • majutavares
  • 9 de set. de 2019
  • 2 min de leitura

Ao se observar as imagens de satélites da Nasa, os incêndios na Amazônia parecem bem mais modestos do que as chamas que inflamam a região centro-sul da África.

Parte dos territórios de Angola, da Zâmbia e do Congo estão ardendo ao longo de agosto, em queimadas provocadas especialmente por pequenos agricultores. No mês, somaram três vezes mais as registradas na Amazônia – 6.145, segundo o Inpe. Os dados poderiam levar à conclusão de que a reação internacional sobre os incêndios na floresta amazônica foi exagerada, não fossem novamente os especialistas.


A bióloga Mercedes Bustamente esclarece haver diferença entre os incêndios na África – que se dão em áreas de agricultura não-mecanizada e no cinturão de savana – e em florestas tropicais, como a amazônica, com intuito de desmatamento.

“Há uma eliminação muito maior de biomassa na Amazônia do que na África. Além disso, a floresta amazônica tem uma capacidade de recuperação muito menor do que a savana africana, que está mais habituada à regularidade do fogo, e vai se debilitando cada vez mais com as queimadas”, explicou Bustamante.


Felizmente, os incêndios na África não alcançaram as florestas tropicais congolesas. As áreas de Savana afetadas, segundo a bióloga, são de gramíneas. Em geral, a cobertura original é recuperada naturalmente um ano depois das queimadas nesses lugares. Onde há árvores e arbustos, o prazo pode ser maior. Mas na floresta tropical a recuperação pode demandar muitos anos e até mesmo tornar-se impossível.

Outro dado apontado diz respeito às emissões de gás carbônico (CO2). Na Savana africana, as áreas queimadas depois recuperadas são capazes de absorver volume similar de CO2 emitido durante o incêndio. Na Amazônia, a absorção é de apenas uma pequena parcela.


Segundo Bustamante, árvores e arbustos da Savana africana são mais adaptados e resistentes às queimadas. Têm casca grossa, uma cobertura de cortiça que as isola termicamente. “As árvores amazônicas não têm estrutura de defesa. Quando a temperatura sobe muito, mata as árvores”.


Imagem de satélite com focos de incêndio(NASA)


Fonte:

https://veja.abril.com.br/mundo/incendio-na-africa-e-maior-mas-menos-prejudicial-que-na-amazonia/

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