A beleza na poluição: céus coloridos
- majutavares
- 25 de jun. de 2019
- 2 min de leitura
Os céus nos impressionam muitas vezes com a beleza das cores que produz. Mas já pararam para pensar se é um fenômeno natural?
A falta de chuva nas regiões e pouco vento intensificam a poluição do ar. Ao mesmo tempo que este ar sujo prejudica a saúde das pessoas, contribui para que o entardecer fique ainda mais bonito, com uma mistura de tons alaranjados e vermelhos, criando uma pintura especial para os fins de tarde.
Contudo, qual a origem das cores?
O que explica os tons alaranjados e avermelhados do entardecer é a teoria conhecida como espalhamento Mie. O feixe de luz que vem do sol que está no horizonte, precisa atravessar uma espessura muito maior, e neste percurso, o espalhamento Rayleigh (ele produz o espalhamento da luz do sol pelas moléculas de oxigênio, gerando o espalhamento do azul) acaba removendo a luz com comprimento de onda mais curto, como o azul, restando as mais longas, de tom laranja e vermelho. Quando o feixe de luz passa pela camada de ar próximo à superfície, encontra partículas em suspensão muito maiores que uma molécula de oxigênio. Estas partículas "grandes" passam a espalhar os tons de laranja e vermelho que preenchem o céu no horizonte quando o sol está se pondo.
Neste caso, a interação da luz com a atmosfera não tem preferência pelo comprimento de onda, e não espalha para todos os lados, mas preferencialmente para a frente. A cor que estamos acostumados é resultante do azul do céu e da luz mais direta do sol, numa mistura que produz um degradé do azul para o laranja/vermelho. Estas cores são mais fortes quanto mais aerossóis ou partículas em suspensão encontrar no caminho.
É importante lembrar que a poluição existe em todo lugar e não é apenas a fumaça dos carros e indústrias.
Seria imprescindível seguirmos o exemplo de combate a poluição como o Pequim, que através de políticas do controle do ar, conseguiram enxergar um céu azul após 20 anos.
"O controle da poluição em Pequim tem quatro eixos-chave", diz Yu Jianhua, vice-diretor geral do Escritório de Ecologia e Meio Ambiente Municipal. O primeiro é construir um sistema de monitoramento da qualidade do ar eficiente. O segundo, trabalhar ao mesmo tempo na cidade e na região. O terceiro aspecto é buscar novas tecnologias e, finalmente, envolver toda a sociedade na iniciativa.

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