Hiroshima e Nagasaki, 73 anos atrás

O bombardeamento das cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki pelos EUA no final da II Guerra Mundial pode ser considerado o maior atentado terrorista da história da humanidade, com enormes consequências humanitárias.

Pensar numa repetição desse evento hoje em dia, é pensar na destruição do nosso planeta.

História:

Em 06 de agosto de 1945, um bombardeiro B-29, apelidado de Enola Gay, despejou uma bomba que continha 50kg de urânio 235, chamada de “Little boy”, sobre a cidade de Hiroshima, que explodiu a 570 metros do solo. Formou-se uma imensa bola de fogo no céu com uma temperatura de 300 mil graus Celsius, gerando uma imensa nuvem de fumaça na forma de cogumelo, que alcançou mais de 18 km de altura. Estimativas indicam que mais de 140 mil pessoas tenham morrido.

Três dias depois um novo alvo foi atingido. Sobre a cidade de Nagasaki, outro bombardeiro B-29, o Bockscar, despejou a “Fat Man”, uma bomba de plutônio 239, 1,5 vezes mais forte que a explodida sobre Hiroshima. A topografia de Nagasaki, localizada entre montanhas, impediu uma maior irradiação dos efeitos da bomba. Entretanto, mais de 40 mil pessoas morreram.

Além das mortes em decorrência da ação direta das duas bombas, dezenas de milhares morreram posteriormente em decorrência da radiação. Além disso, a radioatividade se espalhou provocando chuvas ácidas, causando a contaminação da região, incluindo lagos, rios, plantações.

Cerca de 92% dos edifícios das cidades na época foram destruídas pela explosão, sendo que ao todo haviam 76 mil deles. Uma região de 13 quilômetros quadrados foi transformada em ruínas.

Atualmente:

A Cúpula Genbaku, chamada hoje Memorial da Paz de Hiroshima, foi uma das únicas estruturas que restaram da cidade e uma das atrações mais visitadas no Japão, servindo de apelo à paz e um acervo cultural, tombada como Patrimônio Mundial pela Unesco apesar da oposição dos EUA e China.

Hiroshima e Nagasaki se transformaram em cidades modernas e desenvolvidas, com árvores, prédios, pessoas circulando e carros, como em qualquer outra. Contudo, as lembranças continuam vivas dentro de cada um.