Eletrobras e matriz energética brasileira
- majutavares
- 22 de jun. de 2021
- 2 min de leitura
A energia elétrica é um insumo essencial à sociedade, indispensável ao desenvolvimento socioeconômico das nações. No Brasil, a principal fonte de geração é a hidrelétrica (energia proveniente do fluxo de água ), que responde por 62% da capacidade instalada em operação no país, seguida das termelétricas (gás natural, carvão mineral, combustíveis fósseis, biomassa e nuclear), com 28%. O restante é proveniente de usinas eólicas (energia dos ventos) e importação da energia de outros países.
A energia gerada é transmitida até os centros consumidores, onde as distribuidoras a levam até a casa dos cidadãos.
O sistema elétrico brasileiro permite o intercâmbio da energia produzida em todas as regiões, exceto nos sistemas isolados, localizados principalmente na região Norte. O trânsito da energia é possível graças ao Sistema Interligado Nacional (SIN), uma grande rede de transmissão com mais de 100 mil quilômetros (km) de extensão. O sistema isolado vêm sendo gradativamente interligado ao longo dos anos; hoje somente cerca de 2% do mercado nacional permanece no sistema isolado.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) é o órgão que regula, controla e fiscaliza o setor elétrico. Vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME), sua missão é “proporcionar condições favoráveis para que o mercado de energia elétrica se desenvolva com equilíbrio entre os agentes e em benefício da sociedade”.
Secas
Infelizmente, com a vinda das secas que afetam a produção de energia nas hidrelétricas, o país precisa acionar usinas térmicas, cuja produção é muito mais cara —e mais poluente.
Nesse sentido, criou-se uma medida provisória para a privatização da Eletrobras (responsável por 50% do fornecimento de eletricidade do país) com o intuito de baratear a energia do país. Entidades do setor, entretanto, afirmam que a conta pode ficar mais cara em razão de medidas que precisarão ser adotadas, como a reserva de mercado para as pequenas centrais hidrelétricas, proinfra e a construção de infraestrutura para o transporte de gás natural.
Entraves
A redação final do texto da Medida Provisória estabeleceu que deverá haver prorrogação dos contratos das usinas construídas por meio do Programa de Incentivos às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa) por 20 anos, a contratação de usinas termelétricas movidas a gás natural para fornecimento de 8 megawatts (MW) de energia por 15 anos e construção do Linhão do Tucuruí sem necessidade de licenças ambientais do Ibama e da Funai.
Será que a “redução de custos”, a longo prazo, valerá a pena, tendo em vista os possíveis malefícios sociais e ambientais que essa MP trará?
Fonte: https://www.aneel.gov.br/home?p_p_id=101&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&_101_struts_action=%2Fasset_publisher%2Fview_content&_101_returnToFullPageURL=%2F&_101_assetEntryId=14476909&_101_type=content&_101_groupId=654800&_101_urlTitle=faq&inheritRedirect=true
https://economia.uol.com.br/noticias/bbc/2021/05/31/seca-historica-no-brasil-traz-risco-de-inflacao-e-racionamento-de-energia.htm
https://g1.globo.com/economia/noticia/2021/06/21/privatizacao-da-eletrobras-saiba-ponto-a-ponto-o-que-preve-a-mp-aprovada-pela-camara.ghtml
https://economia.ig.com.br/2021-05-26/privatizacao-eletrobras-energia-conta-de-luz.html
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