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Descarte de resíduos da construção civil

  • majutavares
  • 13 de mai. de 2021
  • 3 min de leitura

Sabe-se que a reciclagem no Brasil ainda é muito reduzida. Além da falta de conscientização das famílias sobre o descarte correto do lixo gerado por elas, as empresas também precisam mudar a forma como enxergam os resíduos — o que também inclui os resíduos da construção civil (provenientes de construções, reparos, reformas e demolições de obras).


É comum que empreendedores os vejam apenas como entulho. Quando isso ocorre, além de não oferecer o tratamento mais adequado para os itens, a empresa perde oportunidades de reutilizar os resíduos em outras obras.


As principais leis e normas

Na Cidade de São Paulo, por exemplo, os resíduos devem ser descartados em aterros sanitários e Áreas de Transbordo e Triagem (ATTs) licenciadas, mas são comuns os casos em que os resíduos são descartados em vias e locais irregulares.


Com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) instituída pela Lei Federal nº 12.305/2010, ficaram estabelecidas as boas práticas que devem ser seguidas pelo setor, com o objetivo de reduzir a quantidade de resíduos destinados aos aterros.


A política foi criada a partir da experiências de países desenvolvidos, sendo adaptada às necessidades do país para gerar empregos, inovar, combater a poluição e se desenvolver sustentavelmente.

Nesse sentido, conceitos como ecoeficiência, da prevenção e precaução, do poluidor-pagador e da responsabilidade compartilhada foram amadurecidos, e os resíduos começaram a ser vistos como um bem econômico, agregando valor a sociedade.


Classificação

Normalmente chamados de “entulhos de obras”, os rejeitos são divididos nas seguintes classes, de acordo com Resolução CONAMA n° 307/2002;


Classe A

Nesse grupo estão os resíduos que são reutilizáveis ou recicláveis como agregados, como resíduos:

componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e concreto e peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meios-fios etc.).


Classe B

Nesse grupo estão os resíduos que podem ser recicláveis para outros destinos, como: embalagens vazias de tintas imobiliárias e gesso; plásticos; papel/papelão; madeiras; metais; vidros.


Classe C

São assim classificados os resíduos em que não há, até o momento, tecnologias ou aplicações que sejam economicamente viáveis, que permitam a reciclagem ou recuperação deles.


Classe D

São os resíduos que apresentam perigos advindos do processo de construção, como tintas, solventes, óleos e outros que podem estar contaminados ou prejudicar a saúde, inclui materiais como telhas e objetos que contêm amianto ou outros produtos nocivos à saúde.

Rejeito

São os resíduos vegetais que têm como origem a manutenção de áreas verdes privadas ou públicas, bem como outros itens que são popularmente chamados de “bagulho” e não podem ser caracterizados como resíduo sólido da construção civil.


Impactos ao meio ambiente

Há vários impactos que a construção civil pode causar ao meio ambiente, como a contaminação do solo e da água subterrânea, bem como o assoreamento de corpos d’água, a proliferação de animais peçonhentos e de agentes infecciosos.


A construção civil pode alterar de forma significativa a superfície de um terreno, já que em muitos projetos de construção acontece a retirada da vegetação, bem como a escavação. Com isso, há alterações geográficas que podem ser significativas, e o estudo dos impactos da obra e formas de mitigação são fundamentais, principalmente quando em áreas próximas de lençóis freáticos.


A geração de resíduos sólidos está diretamente relacionada à atividade econômica e ao setor do gerador — industrial, residencial ou comercial. Todos são responsáveis pelo descarte correto. Cabe ao governo ampliar a gestão dos itens, e às empresas a conscientização de que o futuro do meio ambiente também depende delas. Mais do que isso, os resíduos são uma forma de diminuir os gastos da instituição.


A população também tem sua parcela de responsabilidade: ela deve cobrar que as empresas realizem o descarte corretamente. Além disso, é importante que as pessoas cobrem do governo uma cultura de educação ambiental, que promova a preocupação com o meio ambiente e com o descarte correto dos resíduos.



Fonte: https://blog.brkambiental.com.br/residuos-da-construcao-civil/

 
 
 

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