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Sobre carros elétricos: problema ou solução?

  • majutavares
  • 17 de jun. de 2019
  • 2 min de leitura

Foi comprovado que a fabricação dos veículos elétricos causa o dobro de impacto ambiental em relação a um carro convencional. Mas esse impacto é compensado pela redução de emissões durante a fase de uso.

Financeiramente, em um estudo publicado em abril de 2018, pesquisadores da UNESP-SP avaliaram os resultados indicando que não são economicamente viáveis no Brasil. Com os custos sendo influenciados sobretudo pelo preço da gasolina e pelos incentivos fiscais do governo, o tempo de payback deles no Brasil é maior que 20 anos.



-Emissão nula no trânsito, mesmo nos modelos híbridos, quando estão rodando no modo 100% elétrico. Outros tipos de veículos também não emitem gases poluentes,como os veículos movidos por hidrogênio, que emitem apenas vapor de água. Todo o processo de fabricação e armazenamento de hidrogênio é ainda muito ineficiente e caro, uma das razões pelas quais nem todos veem o hidrogênio com bons olhos, inclusive Elon Musk e a Tesla.

-Grande potencial de geração de energia através dos rios no Brasil. Cerca de 68% de toda a energia elétrica do Brasil é produzida através das usinas hidrelétricas.

*(Para se pensar) Uma das consequências inevitáveis em utilizar mais veiculos elétricos é a transição entre os diferentes tipos de abastecimento de energia. Mesmo reduzindo a dependência com os combustíveis não-renováveis, a maior demanda por energia elétrica poderia implicar em uma maior exploração desse recurso. Com a sobrecarga das hidrelétricas, usinas com maior potencial de poluição poderiam ser acionadas.

-A ausência de chumbo e ácido acaba por tornar as baterias mais ecologicamente amigáveis. As baterias antigas dos carros elétricos que contêm chumbo e ácido sulfúrico não são tão eficientes quanto as baterias modernas usadas, como as baterias lítio-íon.

-Os motores elétricos geram bem menos ruído do que os motores convencionais à combustão. A poluição sonora também deve ser levada em conta.



Matéria-prima dos veículos

Os carros elétricos utilizam muito mais cobre devido à maior quantidade de cabos e fios. As baterias também são uma diferença fundamental, contendo maiores quantidades de elementos como níquel, lítio e cobalto. Mesmo sendo menos agressivos que o chumbo e o ácido, a extração desses elementos também gera impactos ambientais consideráveis.


Algumas empresas já estão se especializando em reciclar tais baterias, como a belga Umicore e a canadense Li-Cycle. Apesar da recuperação do níquel e cobalto ser possível por fundição, o lítio acaba sendo extraído no processo e só pode ser recuperado por etapas adicionais no processo.

Tudo isso gera um custo muito elevado para a reciclagem, sobretudo do lítio. A utilização poderia então levar à uma extração cada vez mais agressiva desses metais, reduzindo as suas reservas naturais.



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