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Moeda social 'Eco Pila'

  • majutavares
  • 8 de jan. de 2020
  • 2 min de leitura

Na cidade de Montenegro, a 60 km de Porto Alegre, moradores, empresas e comércio aderiram a uma campanha que contribui com a preservação do meio ambiente. Eles usam uma moeda social, chamada de "Eco Pila", para trocar garrafas PET, papelão e latas de alumínio por dinheiro vivo.

A ideia é da Associação do Comércio e da Indústria (ACI) de Montenegro e Pareci Novo.


"O comércio e a indústria também têm responsabilidade sobre o destino dos seus materiais. Muitas vezes a gente pensa que está mandando [o material descartado] na coleta seletiva, mas não sabe onde está chegando, e aqui, com o Eco Pila, a gente sabe exatamente para onde está indo cada resíduo. A gente sabe que nada se perde", afirma a gestora ambiental Maria Helena da Rocha.


O ciclo é relativamente simples.

Uma equipe recolhe e pesa o material levado pelos moradores na Praça Rui Barbosa, Centro de Montenegro. Os Eco Pilas recebidos podem ser usados nas empresas cadastradas no sistema da ACI. Depois, essas empresas trocam a moeda social por reais na assessoria ambiental de Montenegro, que irá reiniciar o ciclo.


O nome da moeda, baseado na gíria que os gaúchos usam para se referir a dinheiro, equivale ao peso do material reciclável. Um quilo de latinhas, por exemplo, equivale a três Eco Pilas. Já um quilo de plástico ou de papel vale R$ 0,20.

Para que a cotação seja boa, porém, é preciso separar o lixo e descartar o material corretamente.

"No começo traziam tudo misturado", diz o assistente administrativo Luís Timm. "Com o tempo, a pessoa vai se educando, separando material por matéria, plástico mole do plástico duro, papel do papelão."


Não apenas empresas e comércio aderiram à iniciativa. Crianças aprendem e se divertem com o mercado informal.

"A gente amassa latas e traz para cá. Na maioria das vezes dá R$ 10, de vez em quando chega a R$ 20. Uma vez deu R$ 25, aí a gente guardou para comprar os materiais do ano que vem da escola", afirma Afonso Henrique Haas, de 11 anos.

Outro resultado positivo é o aprendizado sobre a quantidade de resíduos que cada um produz.

As empresas que ainda não estão cadastradas podem procurar a ACI para aderir à iniciativa. Do valor total recebido, 10% retorna ao Núcleo Socioambiental para ser usado em ações socioambientais e de sustentabilidade.



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